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Super Interessante: 4 técnicas para memorizar qualquer coisa

O excesso de estímulos não é a única razão pela qual estamos ficando cada vez mais esquecidos, afirma Renato Alves, primeiro brasileiro a receber homologação oficial de Melhor Memória do Brasil pelo Guinness Book. Em seu livro Faça seu Cérebro Trabalhar por Você (Editora Gente), o campeão de memorização defende que o problema também está ligado a uma dependência cada vez maior da tecnologia, que substitui recordações naturais por artificiais.


“Quem nunca teve um HD de computador queimado com todos aqueles documentos, fotos, arquivos importantes, ou um celular sem bateria quando precisava consultar urgentemente um contato?”, escreve ele no livro. A melhor forma de reconquistar a capacidade de reter informações “organicamente” é apostar numa rotina saudável e em exercícios frequentes para o cérebro. Mas existem alguns macetes que podem facilitar esse processo.
Os chamados métodos mneumônicos são dispositivos práticos para expandir a capacidade de memorização no cotidiano. Segundo Alves, o ideal é que o método seja fácil de usar: ele não deve exigir horas de treinamento ou associações mentais acrobáticas. Nesta galeria, reunimos 8 técnicas simples que facilitam a memorização de fatos, nomes, datas, listas e outros elementos do dia a dia.
1. Construa um “palácio da memória”
Também conhecido como “método de loci”, este dispositivo de memorização remonta à Grécia Antiga. Segundo o mito, o poeta grego Simônides de Ceos precisou identificar os corpos de pessoas que haviam morrido no desabamento de um palácio. Como ele se lembrava exatamente da localização de cada um, conseguiu assim “reconhecer” cada um dos cadáveres desfigurados. A técnica consiste em usar a memória espacial para gravar nomes, fatos ou listas. O objetivo é criar um lugar imaginário, como uma casa ou um palácio, visualizar os móveis de cada cômodo e associar uma memória a cada um deles.
Imagine que você queira gravar os nomes de todos os presidentes brasileiros, por exemplo. Getúlio Vargas pode ser ligado à poltrona da sala e Juscelino Kubitschek, ao lustre. O ideal é que as associações entre os móveis e os elementos a serem memorizados sejam divertidas ou inusitadas – você pode associar Jânio Quadros ao quadro na parede, por exemplo. Depois que fizer todas as associações, a ideia é percorrer mentalmente o “palácio” várias vezes, lembrando-se da posição de cada móvel e, consequentemente, dos nomes ou fatos vinculados a eles. Oradores gregos e romanos, como Cícero, usavam essa técnica para memorizar seus longos discursos.
2. Invente acrônimos, acrósticos e encadeamentos
Acrônimos são palavras formadas por letras que representam, por sua vez, outras palavras. A ferramenta de gestão CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitude) é um exemplo. Já os acrósticos são frases formadas por palavras cuja primeira letra é a dica para o que precisa ser lembrado. Se você quer memorizar, por exemplo, os nomes dos bairros paulistanos Mooca, Penha, Belém e Carrão, por exemplo, pode gravar a frase “Meu Pai Bebe Café”.
Outro dispositivo útil é o encadeamento, sugere o site The Memory Institute. Para guardar elementos numa determinada ordem, crie uma frase narrativa com eles. O ideal é que cada item “puxe” o outro por associação. Para gravar, nesta ordem, as palavras “menina”, “panela”, “doze”, “abóbora” e “verde”, por exemplo, você pode criar uma sentença como “A menina vendeu uma panela por doze reais ao plantador de abóboras, que ainda estão verdes”. A estrutura de encadeamento traz lógica para as palavras avulsas, além de facilitar a fixação de uma ordem.
3. Aposte em associações visuais
Muitas pessoas têm memória fortemente visual, e, para elas, uma das melhores técnicas de memorização passa pela combinação de imagens. Acabou de conhecer uma pessoa? Para nunca mais esquecer como ela se chama, sugere o site de treinamento Memorise, escolha um atributo físico ou parte do corpo dela para associar ao seu nome.
A vantagem está em transformar um dado abstrato, como um conceito, data ou nome, em algo concreto. Vale caprichar na criatividade: imagens mentais ricas, coloridas e vívidas são mais fáceis de guardar.

4. Escreva o que você precisa lembrar (com papel e caneta)
De acordo com o campeão de memorização Renato Alves, a escrita é um excelente antídoto contra o esquecimento. “Escrever exige grande atividade mental e envolve diretamente as funções da memória”, escreve ele no livro Faça seu Cérebro Trabalhar para Você . “A mente lança seus estímulos vasculhando todos os departamentos da memóribuscando palavras, expressões, experiências, comparando, associando, incluindo, excluindo, selecionando e pinçando o que pode ser utilizado no texto”.
Leia mais em: https://super.abril.com.br/ideias/8-tecnicas-matadoras-para-memorizar-qualquer-coisaO benefício é ainda maior se você registrar as suas palavras no papel. Pesquisadores das universidades de Princeton e da Califórnia afirmam que quem escreve informações à mão tem mais facilidade de compreendê-las e memorizá-las do quem as digita. O motivo é que, ao usar o teclado, processamos a escrita de forma mais superficial do que quando precisamos desenhar as palavras com um lápis ou caneta.

Fonte: Revista Super - https://super.abril.com.br/ideias/8-tecnicas-matadoras-para-memorizar-qualquer-coisa/




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